Ah! Os sonhos.. Doses insensatas de irrealidades e jogadas de subconsciente. Sempre nos revelam o que queremos, pensamos, tememos.
Sonhos são como uma festa de aniversário. Existem convidados, aqueles que sempre aparecem porque os amamos e queremos junto a nós. As comidas, a música, o cheiro. A sensação de estar dentro desse mundo, idealizado, trocado, invertido. O ápice é o bolo, cheio de suas deliciosas camadas e coberto por um chocolate intocável, que quando acordamos, muitas vezes gostaríamos de dormir novamente e reviver intensamente cada momento daquele mundo imaginário.
No entanto, os penetras sempre aparecem. Você tenta entender o que fazem ali, como chegaram, como não foram barrados na porta de sua imaginação. Você não os quer ali, mas seu subconsciente almeja aquela presença e busca incessantemente fazer com que ela se mantenha ali.
Você luta contra aquilo, tenta acordar, mas seu sono tão profundo e aconchegante o faz chegar mais perto daquele à quem você tanto busca se afastar.
O bolo vem, as luzes se apagam: é hora de assoprar as velas.
Os indesejados não se diferenciam na multidão e você se acostuma. As luzes voltam.
Aquela pessoa está ali. Imóvel. Te encara.
T e n t a u m a a p r o x i mação.
...
"O café está pronto!"
O dia começa e aquele sonho acaba. Você não sabe os resultados, mas diferentemente dos outros a lembrança se mantem clara.
Ah, penetras! Porque continuam aparecendo?
Eu os convido a se esvair e nunca mais voltar.
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